Pular para o conteúdo principal

Teologia do Medo X Teologia da Libertação

Por quê insistir numa teologia do medo e da repressão ante a Teologia da Libertação?

"Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;" (Romanos 5, 20)

Preocupa e causa espanto a insistência de setores cristãos em promover a Teologia do pecado, colocando no centro da vida das pessoas, o medo e a repressão de suas expressões de vida, em detrimento da Teologia da Vida, da Teologia que promove a fé e a esperança na misericórdia de Deus.
É das ordenanças de Jesus Cristo, que encontra a base de sustentação da Teologia da vida, Cristo não nos convida para criarmos prisioneiros, mas promovermos a libertação. "Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso." (Lucas 6,36)
Ao dizer-nos que Deus, nosso Pai é misericordioso, Jesus nos lembra que não há pecado suficiente para matar o Amor que faz com que Deus e nós nos unamos no coração.
Um filho misericordiado, é um filho eternamente grato. Mas um filho misericordioso, esse é Bem-aventurado, pois Jesus mesmo nos diz: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia."(Mateus 5,7). Por isso, importa que sejamos capazes de sentir a dor do pecador e com ele Chorarmos com eles as nossas dores, ante a condenação e a repressão.
Aquele que reprime e condena ganha do outro a repulsa, mas quem chora junto promove no sofredor a reflexão acerca de sua importância para a vida da sociedade. Ele, ao ver seu irmão saudável chorando consigo, se coloca a questionar: "eu quem cair e me feri, meu irmão é quem sofre?" E vendo o sofrimento de seus atos for tem em si e nos demais, compreende que todos pertencemos a um mesmo corpo, e se um membro desse corpo sofre, todos sofrem!
Na teologia do medo, prega-se um Deus tirano, sanguinários. Castigador, cruel e impiedoso, que em nada faz lembrar o Deus de Jesus Cristo.
Na parábola do Pai Misericordioso, Jesus ensina-nos que o Pai esperava ansioso pelo filho, e que ao avista-lo, pôs se a correr ao seu encontro. E ao   encontra o filho perdido, sequer quis saber das coisas que ele se colocara a confessar, mas perdoou, e abraçou e beijou com amor paternal.
Insistir na Teologia do medo tem como intuito o controle das mentes. Pessoas infantilizadas e amedrontadas são facilmente controladas. Contudo o medo leva a aversão,  quando  surtam e fogem da repressão, caindo na desesperança e consequentemente no ateísmo, por fuga desse Pai tirano e impiedoso.  Indústria em pregar o pecado, em reprimir o povo é mais prejudicial que bebê fico à Igreja. Pessoas que se convertem por amor e gratidão se doam com generosidade à causa do Reino de Deus. Pessoas que estão ali por medo, por pavor e reprimidas nada fazem, nada testemunham e quando o fazem, mais afastam que arrebanham novos adeptos, pois testemunham por onde passam afirmações repressivas e construtoras dos medos com os quais se alimentam.
A tática de promoção dessa argumentação que conduz ao medo, que reprime é utilizada para a manipulação política dos povos, e infelizmente persiste em existir nos meios religiosos, quem se aproveita da inocência do povo, em benefício próprio. Mas tudo isso vai na linha contraria dos ensinamentos de Jesus.
Jesus não fica nos lembrando de nossos pecados, como nos lembra o autor da carta ao Hebreus, Jesus nos quer, apesar dos nossos erros, e por isso ELE nos diz: "Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais." (Hebreus 8,12). Assim também canta o Salmista "Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade." (Salmos 103,8).
É grande a quantidade de passagens bíblicas que nos lembram de que Deus é misericordioso. Deus não fica anotando nossos pecados num caderninho, para depois jogar em nossa cara, quem faz isso é Satanás, Deus é clemente e Misericordioso,  Como nos diz Neemias "Mas pela tua grande misericórdia os não destruíste nem desamparaste, porque és um Deus clemente e misericordioso." (Neemias 9,31).
A Igreja primitiva ganhava grande número de adeptos não porque vivia na teologia do medo, mas porque era grande a realização de obras de misericórdia entre eles.  O Pecado não deve ser visto como barreira para o individuo tomar parte na vida da Igreja, mas é para a Igreja, oportunidade de cumprir sua missão profética de aninciar a Salvação. A fé sempre vem antes do perdão, em todos os momentos que Jesus perdoava alguém, como narra os evangelhos, primeiro a pessoa ouve de Jesus, vai ao seu encontro ou é encontrado por Jesus, acredita nele, para depois ele perdoar. Desse processo, um ensinamento: A conversão é um caminho, no qual se convive com o inividuo que carega, por um tempo, os pecados que cometeu. Se aceita a pessoa, compreende sua realidade, sua mundaneidade, e vai ajudando a ela no processo de libertação. São processos que requer tempo de maturação de consciência, tempo de aceitação e compreensão do chamado de Jesus.  Pedro demorou muito para entender a missão que recebera de Jesus. Antes ele ainda negou a Cristo por três vezes.  Talvez por isso Pedro passa a ter tanta paciência.
Observem, caríssimos, no Pentecostes, Pedro não condenou os Judeus, ao lhes testificar os pecados da rejeição e assassinato de Jesus Cristo, mas foi enfático em Anunciar o Cristo predito por Davi. Ao apresentsr Jesus, falou na língua daqueles que precisavam ouvir e entender.  Ora, quando cientes de seus pecados, o povo ouviu que era ainda tempo de conversão, como nos narra os Atos dos Apóstolos: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo." (Atos 2,38).
A pregação de Pedro não teve por base a construção de Medo, de repressão, mas o anúncio do Cristo Glorioso. Pedro não falava da existência de uma elite privilegiada mas dizia: "Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar". (Atos 2,39)
A comunidade exemplar para nós, deve ser sempre a comunidade dos Atos dos Apostolos. Nela,  "todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum". (Atos 2, 44).
 Na teologia do medo, cria-se a falsa ideia de uma elite que se sobressai, que é mais importante e que está acima de qualquer outro, irrepreensível por uma vida ilibada.
É o modelo do fariseu que rezava ao Senhor, não em clamor, pedindo por perdão, mas exaltando-se a si mesmo, enquanto apontava os pecados do cobrador de impostos narrada em (Lucas 18, 9-14). Antes de eregir a teologia do pecado do medo e da repressão, devemos nos atentar se em nossos atos não imperam o orgulho que nos coloca como superiores aos outros.  e tal orgulho não nos coloca como Julgadores deles, cabendo-nos a advertência de Jesus: "Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando." (Mt 13,13).
Quantas vezes afastamos as pessoas da Igreja por lhes apontar os pecados? Quantas pessoas não deixam de ir à Igreja por terem sido educadas para apontar pecados, e ao ver alguém que lá na Igreja e que ainda  está em processo de conversão, começa a dizer: "quem fulano pensa que é pra ir assim para a igreja? Será que pensa que ninguém conhece sua vida?" ou quando não, falam do alto se sua arrogância: " o problema é que a pessoa insiste em pecar, como se ninguém tivesse vendo que ela está fazendo errado!"
Atitudes assim, são destrutivas, pois fecham as portas, como Jesus adverte aos escribas e fariseus na citação de Mateus 13,13. É um mal tenebroso alimentar tais posturas, pois elas impedem que os processos de conversão se concretizem. Para tal comportamento, Jesus é taxativo em advertir "desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé." (Mt13, 23).
Os julgadores da moral alheia, impiedosos e detratores da fé não estão preocupados com a Salvação das almas mas em usar da fé em benefício próprio.
São sempre os mais avidos em promover o policiamento moral, e sempre se colocam como eloquentes e perspicazes religiosos, mas demonstram pouca intimidade com Jesus. Estão mais preocupados com o exterior, pois jamais se dão a caminhar com um pecador público, temendo o que de si os demais irão pensar. Não atoa Jesus diz "ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade." (Mt 13, 27-28)
A teologia do medo afasta as pessoas da esperança da Salvação, pois lhes faz acreditar que Deus não perdoa, que Deus não ama seus próprios filhos e que  Ele não os acolherá, por quanto seus muitos pecados.
É preciso quebrar com essa ideia perversa de propagação do medo, que afugenta o povo, que faz o povo vir as igrejas por medo do inferno e não por gratidão a Deus pela vida e pelos dons, pois quem tem medo não consegue amar, mas quem ama, mesmo estando livre para ir, opta por ficar. O projeto de Salvação é antes de tudo, um projeto de Amor. O amor liberta. E quem está em liberdade ama ainda mais. 
Não queiramos que seja para nós a advertência de Jesus quando diz:
"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!" (MT 13, 37). Observemos que no versículo seguinte ao texto citado Jesus adverte "eis que vossa casa ficará deserta"(Mt 13, 38).
Sim, o risco é de um esvaziamento ainda maior das Igrejas, pois enquanto estamos falando do pecado, criando barreiras de acesso ao povo, impedindo seu acesso à Igreja, por ter pecados, as igrejas protestantes cativam com a linguagem da Salvação. É muito comum ouvir dos novos convertidos a expressão "Jesus me libertou do pecado".
Tal expressão deveria nos fazer pensar qual o erro em nossas pregações. Será que o centro de nossas argumentações tem sido Jesus Cristo ou o Pecado? Estamos anunciando Jesus Libertador, Porta da Salvação ou o Pecado caminho de condenação?
Analisemos nossas pregações, nossas falas, por que nosso coração transborda pela boca, ou seja, nossa boca fala do que nosso coração está cheio.
Se nossa pregação é ancorada no medo, no pecado, ela não pode anunciar Jesus, que é misericordioso, amoroso, e Clemente.
Urge que coloquemos a libertação que vem de Jesus Cristo  em nossas pregações, em nossos atos, em nossas vidas, em testemunho fiel de nosso convívio cotidiano com Jesus.
É preciso que as pessoas saibam, Deus é misericordioso. Muito mais, que elas experimentem isso no testemunho dário dos membros da Igreja. Lá no antigo testamento, Jeremias já convidava Israel a voltar a estabelecer relações com Deus dizendo: "Volta, ó rebelde Israel, diz o Senhor, e não farei cair a minha ira sobre ti; porque misericordioso sou, diz o Senhor, e não conservarei para sempre a minha ira." (Jeremias 3, 12). Nos convidemos mutuamente a regressar para a vida em Deus, seguindo o caminho Jesus Cristo, que perdoa, que ama, que cuida e cura.
Impera lancemos sementes de um mundo liberto, de um mundo de paz e de igualdade, onde as pessoas se tratem como irmãos, filhos do mesmo Pai, e que elas compreendam e sejam capazes de entender as dificuldades uns dos outros, sentindo suas dores e aflições.
Impera que tenhamos a capacidade de ir ao encontro dos que foram afastados por causa de nossos corações rígidos e petrificados pela ilusão de nossa reputação ilibada, que em nada serve se não for exemplo de humildade que se torna escada para que outros subam ao céu.
Vejamos, pois, o exemplo dos Santos, que quanto mais caminhavam para a santidade, mais se empenhavam em corrigir a si mesmos, mas sempre relutavam em falar dos erros alheios. Como diz Paulo "digo, porém, a consciência, não a tua, mas a do outro. Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem? (1 Coríntios 10:29 ), ora, se a minha consciência não pode Julgar o outro, também o outro não pode julgar a minha, assim também pensava os Santos que não julgava a liberdade dos outros, mas ao não condenar os que lhes cruzavam o caminho, lhes inquietavam o coração, uma doce curiosidade de querer saber porque tal pessoa era diferente das demais e transbordava bomdade, gerando oportunidade de testemunhar Jesus Cristo.
É preciso ter paciência com os pecadores, primeiro porque também nós o somos, depois, porque cada processo de conversão tem seu prazo de maturação.
A conversão não é como produtos de um supermercado, que se pega na prateleira, paga o preço e leva embora. Em alguns casos leva-se décadas, como Santo Agostinho.
Quando o Papa nos convida para sermos Igreja em Saída, ele nos lembra que Jesus Cristo andava com pecadores, comia com pecadores, entrava na casa e na vida dos pecadores, lhes convidava a segui-lo e lhes fazia discípulos depois, como narra Lucas: " e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe: Segue-me." (Lucas 5:27).
Parece que não fazemos questão de olhar as Sagradas Escrituras com o olhar da fé, com o olhar de Deus.  Na passagem do chamado de Levi é claro, um publicano recebe o convite, "segue-me". Mas hoje, excluímos e classificamos as pessoas, e evitamos até de estabelecer contatos com elas.
Jesus quer um só rebanho, quem divide por classificação não é Jesus, mas o inimigo da humanidade.
Veja, o pecador costuma fugir da presença de Jesus, se sente envergonhado e constrangido pelo pecado, assim fizeram Eva e Adão no Eden, Pedro, João e companheiros, na noite da pesca milagrosa. Se cobriram de vergonha e clamaram pra Jesus se afastar dele pois como grita Pedro, se reconhecia ser pecador. "Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador." (Lucas 5,8)
Para muitos de hoje causaria grande confusão o ato de Jesus, pois ante se afastar daquele que se reconhece pecador,  Jesus diz: "Não temas; de agora em diante serás pescador de homens." (Lucas 5, 10).
De grande valor para compreendermos a necessidade de irmos ao encontro dos que são considerados pecadores, a passagem de (Lucas 5, 29-32) vejamos: "E fez-lhe Levi um grande banquete em sua casa; e havia alí uma multidão de publicanos e outros que estavam com eles à mesa.
E os escribas deles, e os fariseus, murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos;
Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento." (Lucas 5:29-32).
Da passagem anterior, alguns pontos importantes:
- Jesus convida Levi (um publivano) a segui-lo;
Naquela época os publicanos eram tidos como pecadores, pessoas a serem evitada do convívio.
-Jesus entra na casa do pecador, come com eles;
Temos adentrado na vida das pessoas com a liberdade de Jesus Cristo para anunciar-lhes a Salvação? Convidamos pecadores a nos acompanhar na vida ou nos preocupamos mais naquilo que os demais irão pensar?
A resposta de Jesus é formidável. Ele nos lembra que nossa missão é no extremo do combate à exclusão. Ir aonde ninguém jamais chegaria. Viver com quem ninguém conviveria.  Estar onde ninguém quer estar. Porque muitos  querem antes o brilho, os holofotes e o reconhecimento. Por isso buscam evangelizar nas casa chiques, onde os presentes serão caros e o banquete será farto. Temem a presença dos pecadores, pois eles podem afastar os que vivem de aparências, pois dependem da reputação que construíram para sustentar suas mascaras de bons e retos moralmente. Vendem o rebanho para o deus do dinheoro, impondo pelo medo do inferno, com perseguições ideológicas a opositores, valendo-se de argumentos da fé para direcionar o povo em apoio a políticas excludentes, políticas de morte. São lobos em pele de cordeiros, se esqueceram da mensagem do evangelho para lucrar com a fé.
Aos que negam a libertação para impor  sobre os demais  as severas acusações de pecado e do medo, dou-lhes a resposta de Pedro ao Sinedrio, ao ser repreendido por libertar o aleijado de sua miséria e por falar de Jesus. Disse Pedro: "Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus.
Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos". (Atos 4, 19-20) Se experimentamos a graça porque testemunhar o pecado?
Se nos considerando libertos do pecado, porque a outros iremos impor fardos pesados? Fazendo-lhes carregar a culpa de seu erro é a vergonha de ser excluído? Não podemos dar destaque à mensagem de libertação que diz que "também eu não te condeno?"
A Bíblia diz que só será pecado no céu o que for considerado  pecado na terra, se a Igreja retirar os fardos, retira-se os pecados.
Não aota Paulo fala "o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei." (1 Coríntios 15, 56) Mas Jesus deu autoridade aos discípulos para perdoar,  quando disse "aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos." (João 20, 23)
Jesus nos garante o Perdão a todos, somos nos muitas vezes quem não queremos perdoar. Criamos dificuldades para as pessoas acessarem a graça. Em Marcos Jesus diz: " Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem" (Marcos 3,28)
Renderia muitos tratados teológicos se fossemos falar das inúmeras passagens em que Jesus propõem uma vida de libertação, de perdão e de misericórdia. Mas poucos  querem tratar desse tema, por preferirem um povo escravo. Construir prisões ao invés de romper os grilhões que aprisionam o povo. E por incrível que pareça, os resistentes à mensagem da libertação não estão, na sua maioria, nos cargos eclesiásticos, mas no laicato. São os leigos os mais resistentes à mensagem do perdão.   Eu porém, prefiro proclamar que Deus é Amor, e porque ELE é Amor, ele afasta de nos o medo que aprisiona, mas nos faz livres para amar indistintamente, como ele nos ama. E porque Ele nos Ama, ele nos perdoa dos muitos pecados construídos para nos limitar de uma vida plena.  Onde há Amor, não tem grade, não tem cárcere, nenhuma corrente consegue deter. O Amor de Deus é superior a qualquer construção humana... Por isso, é nossa missão também, compartilhar da missão de Jesus,  " pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.(Lucas 4, 19) " O Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade." (2 Coríntios 3, 17) "Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão."(Gálatas 5, 1). Por isso, abstemo-nos de estabelecer Juízos condenatórios, promover o medo, mas enchamos nosso coração de Amor, ameno-nos uns ao outros e anunciamos a libertação, que nos leva a livre decisão de colaborsrmos diuturnamente na construção do reino de Deus entre nós. Que por nosso ardor missionário, construímos a civilização do Amor.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

OS EUNUCOS E AS PROMESSAS DE DEUS À ELES.

Deus deu ao homem a possibilidade de sempre evoluir. Mas a humanidade evolui regredindo. A prova disso é o regresso do preconceito que conduz à morte de pessoas que se enquadram em alguma das muitas minorias. Mas o que isso tem a ver com os eunucos e as promessas de Deus para eles? Tem muito, pois o eunuco, personagem emblemático de várias narativas bíblicas, nada mais do que o homossexual tão discriminado de hoje. Mas qual base dessa afirmação, se o eunuco é reconhecido como o homem castrado? Aí é que está a falta de verdade de muitos que Se dizem defensores da verdade. Desde a antiguidade é se reconhece três categorias distintas de eunucos a citar: -Eunocos nascidos; -Eunucos castrados (por pena de guerra ou por adultério ou por agressão e acidentes); -Eunucos por opção religiosa. E neste aspecto é confirmado pela passagem de Mateus 19, 10-12 como se pode ler: " Alguns são eunucos porque nasceram assim; outros foram feitos assim pelos homens; outros aind

Do julgamento de si a compreensão do seu nada ser: condição necessária para ser

"O mais importante movimento que se faz é para dentro de si. O maior conhecimento que se pode ter é o conhecimento de si mesmo" (João Ninguém) (imagem retirada da internet: Ideia interior do último ciclo do fresco do julgamento na abóbada da catedral de Santa Maria)   “E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?” (Lucas 12:57) Importante conselho nos é dado por Cristo. O mais importante julgamento precisa ser feito por nós mesmos. Nele compreendemos quão somos ínfimos diante da grandeza de Deus. E a caminho do julgamento, importa que façamos a reconciliação com nossa consciência. Ela que nos mostrará a distância da verdade até nós.    O caminho da redenção não é difícil, no entanto, torna-se intransponível aos que se revestem de suas verdades, pois a redenção é conquistada mediante a adesão ao projeto salvífico de Jesus “em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados.” (Colossenses 1:14). Pelo Sangue de Jesus, somos levados a m

DISCURSOS DE ADEQUAÇÃO, LUGAR DE FALA E A VERDADE

Os discursos de adequação, lugar de fala e a verdade. O mundo caminha por um processo solúvel de desestruturação da sociedade que parece ser resultante da liquidação da verdade. A verdade líquida da sociedade caputalista deu origem ao que chamo de "discursos de adequação". Os discursos por adequação na verdade são processo em que se tenta solidificar uma verdade que foi moldada a partir de interesses de um dado indivíduo ou um dado grupo ou seguimento da sociedade. O discurso por adequação tenta impor como universal e imperativo a visão de mundo verbalizada por tal grupo e essa mesma verdade pode, por necessidade desse mesmo grupo, deixar de ser verdade quando for conveniente. No entanto, tal verdade imposta, moldada segundo as conveniências dos detentores do PODER DA FALA ignora um ponto fundamental: A verdade é maior que os duscurosos adequados e convenientes. Entender que todos os discursos partem de um dado lugar de fala é importante. Inclusive, faz-se necessário