A GESTÃO PÚBLICA: AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E A DESTINAÇÃO

Se não entende a nação, o estado ou município como a soma de todos que o compõem, e por isso, governa para alguns, a gestão começa errada e termina tragicamente se ferindo de morte, em ato suicida. 

A Gestão pública vai muito além da simples execução orçamentaria, coisa que infelizmente, a maioria dos gestores sequer conseguem fazer. A gestão pública requer visão do todo, visão do conjunto e das partes interagindo em sincronia.  É um sistema complexo, composto de subsistemas intimamente interligados e interdependentes. Impera a necessidade de planejamento estratégico, projeto de nação, estado ou município. Necessita conhecimento aprofundado da realidade, percepção das necessidades e fragilidades, bem como, as potencialidades e vontade de resolução dos problemas para garantir desenvolvimento. 

Um país, estado ou município que desconhece suas potencialidades e fragilidades, que não tem planos de ações além partidário, que não tenha os traços de para onde seguir e onde se quer chegar, jamais deixará de ser nanico. Sem um Sonho a se rralizar é o mesmo que  Sem futuro, sem perspectiva. 

Ter planejamento, projeto de vida, e assim, governar em vista  dos resultados positivos para o conjunto da população é fundamental. E por quê isso não acontece? Porque os gestores públicos se elegem com vistas a manutenção do poder, perpetuação do domínio, mas se esquecem que a coisa pública requer a plena satisfação de todos. Não é gerando fome e pobreza, alienação que se garante poder eterno, pois por mais alienado que seja o indivíduo, um dia a dor lhe recobra a consciência, e ele percebe sua distância da realidade. Isso não acontece?

 Bem, os resultados estão ai!!! Um país que não consegue atender a contento as necessidades de sua população...governantes que acham o povo cego e incapaz de ver que os políticos lhes roubam descaradamente. Projetos políticos de retiradas de direitos, cessão de garantias e sacrifício do povo em favor das elites. O povo percebe, ainda que alienado pela cultira da paixão politiqueira partidarista, um dia gritará cobrando mudanças contundentes.

A ignorância das elites contribuem para o atraso no desenvolvimento, pois percebem o crescimento do pobre como um risco a sua riqueza e seu status, não conseguem entender que quando o desenvolvimento se dá consistente, a partir das bases, ele se estenderá para todos os setores da sociedade. Não perceber isso é analfabetismo político. É a causa da perpetuação do atraso nacional.

O grande erro da percepção neoliberal, no que se refere a políticas públicas é desconsiderar as teorias dos rendimentos, teorías monetarias e da circulanção do capital. Quando o capital circula é permeia todos os setores, ele retroalimenta as engrenagens da máquina, produtiva, fortalece o sistema e o torna robusto e sólido. Essa robustez capacita o país, estado ou município a competir com outras em condições de igualdade.  O desenvolvimento endógeno é fundamental para o crescimento. Mas sem planejamento, sem projeto de estado, de nação ou de município, nada se faz. Serão somente gerentes orçamentários. Meros aplicadores de rúbricas e burocratas tecnicistas. 

Nada adiantará privatizações, enchugamento da máquina, redução dos gastos do governo, mais sedo ou mais tarde o custo destes investimentos não feitos respingara no capital, que sem ter de onde se multiplicar, evadirar daquela região.  Por isso, políticas concentradoras de renda, que geram pobreza e miséria não favorecem o desenvolvimento no médio e longo prazo. Ora, o grande crescimento percebido pelos ricos, no curto prazo, resultara na deterioração completa do sistema no médio e longo prazo, e conseqüentemente, a exclusão daquele estado, município ou nação da rota do capital. 

Argumentos acima elencados mostram, mais que contundentemente a necessidade de mudança na percepção da política pública no Brasil, tanto na macro como na micro esfera da gestão pública. Requer mudanças paradigmático, e mais que isso, mudança de mentalidade para uma compreensão do estado, da nação ou municipio como um ente único composto por muitos. E que este ente, para existir plenamente saudável, requer a plena saude de todos os membros que o compõe. Ignorar isso é suicídio. Mais não é essa a causa de nosso atraso secular no desenvolvimento?

No Brasil não se trabalha a coisa pública com vistas ao desenvolvimento do todo, mas de alguns poucos. O resultado disso, é desnecessário dizer, pois é percebido por todos.

A receita da mudança de rota para uma rota vitoriosa é simples: O centro de tudo deve ser o ser humano em todas as suas "complexidades". Daí advém os demais cuidados a serem tomados: Meio-ambiente em condições de regeneração, protegido e preservado, menor carga tribuária, menor jornada de trabalho, menor custo de vida, mais saúde, educação, lazer, atividades culturais, garantias de uma vida idosa tranqüila e bem cuidada...garantir que as pessoas, seres humanos, materiais e imateriais que compõem o Estado, estejam bem para que o Estado também esteja. 

Planejar a vida no curto, médio e longo prazo, tendo o humano como fator preponderante e inalienável no momento de decidir a política pública, é primordial. Tudo deve ser pensado a partir do homem, em função dele, e sem o bem maior dele, nada se fazer. Utópico? Mais que isso, uma necessidade imperiosa.  Impera ainda, que saibamos falar e fazer a coisa, entendendo que o capital é para o homem, e que não há possiblidade do contrário se estabelecer como verdade. 

Diante dos ditos anteriores,  o que falta nos poderes que gerem o Estado?

Falta sabedoria, inteligência, conhecimento, vergonha na cara, vontade e acima de tudo honestidade. 

Simplesmente repetem cotidianamente a concretude dos vícios herdados e perpetuados pelo sistema eleitoreiro e administrativo, onde cada esfera do poder, cada político, cada comissionado, cumpre impecavelmente seu papel, criar condições de manutenção do poder daqueles que financiaram e criaram condições para que eles estivessem ali, menosprezar é aniquilar os que não comungam de suas ideias, impedir que seus colaboradores cresçam para que não deixem de lhes servir, e com isso, garantirem seus status quo... escoram no sistema e encobrem os caminhos do " Eldorado".  Massacram é manipulam, usam da mídia e promovem a "acefaleose"  em toda a população. E impedem o desenvolvimento pleno da Nação. Infelizmente é essa a realidade no Brasil, em todos os estados e principalmente nos Municípios, onde as coisas de fato acontecem. 

E o povo???  O povo Gosta de ser feito de Besta!!!

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