Os grandes erros cometidos pelos políticos atuais nem tanto estão na sua gestão ou na falta dela, mas sim na falta de comunicação com a grande massa.
Na era das comunicações, ganha terreno quem melhor sabe falar a língua do povo. Ou melhor, ganha eleição quem melhor sabe manipular as comunicações e usar dos ardilosos instrumentos do MARKETING E SUAS AÇÕES DESDOBRADAS NA PUBLICIDADE.
O certo é que " quem não comunica se estrumbica" como já dizia Abelardo Barbosa na década de 1980, na telinha. Mas trazendo a expressão pra seriedade com que se faz necessário tratar o assunto, a falta de comunicação ou a desinformação tem ganhado eleições já a muito na história deste país. Veículos de comunicações e comunicadores constroem e desconstroem personalidades com certa facilidade, e tudo se dá na sanha de deter o poder.
Na eleição de 1989 o Brasil viu os meios de comunicações se valerem de edições muitíssimo bem arquitetadas, aliadas a ampla divulgação de informações imprecisas, darem a eleição a um certo estranho candidato a presidente da república. E viu nos anos que seguiram sua eleição, desconstruírem a legitimidade do eleito, destituindo ele do poder, atendendo a interesses particulares, manipulando a opinião pública, sem qualquer escrúpulo ou reserva moral. Nas gestões de Franco e FHC a mídia se fez de desentendida e nenhum dos casos de corrupção foram tratadas com tamanha enfase, é como se naquele período da política brasileira, vivêssemos sob Gestão Pública divina.
Na gestão petista a mídia descobriu que existe corrupção, e fez dela um emblema, um adesivo com uma super cola que não solta e colou-na sobre a testa dos "petralhas"...resultados disso é a continua desconstrução da legitimidade da gestão atual da presidenta. Mas paralelo aos escândalos, deflagrados por apuração interna da petrolífera brasileira , vivemos sem dar atenção alguma as apurações que a justiça faz acerca do escândalo do Metrô de São Paulo, esquecemos a Privatária Tucana, e fingimos que houve improbidade administrativa, ou, em linguagem mais bonitinha, falta de planejamento, falta de Gestão dos recursos hídricos no estado de São Paulo.
Nos municípios pequenos essa desconstrução das personagens politicas também se fazem, e nestes casos são muito mais emblemáticas, pois as boatarias é o mais seguro meio de disseminação da praga eleitoral. É um tal de disse que me disse fazendo correr aos "pés dos ouvidos"de todos do município os fatos falaciosos na tentativa de se minar as bases do concorrente, que não sobra espaço algum para a Senhora dignidade operar.
Em casos como estes o mais sensato a ser feito pelos gestores é trabalhar intensamente na aproximação com o povo. Ir ao encontro deles e ouvir suas necessidades, mas além disso, mostrar as possibilidades e as dificuldades enfrentadas pela gestão. Colorar todo o secretariado em ação continua, na máxima atenção a toda e qualquer demanda, executando cada uma delas na máxima lisura e de forma mais ágil. Se esconder, ir para o embate e apelar para o bate boca não da certo, e de certa forma municia o opositor, que vai se sentir dono da razão e fazer da reação do gestor um atestado de culpa, é isso que o eleitor vai pensar. Mas ao contrário, se se está próximo do povo, e com ele está dialogando constantemente, todo e qualquer boato se dissolverá pela confrontação dos mesmos com a realidade experimentada pelo povo.
Trazer o povo pra si, é a lógica da gestão pública, ser bem instrumentado e municiado das necessidades e estar constantemente trabalhando nas resoluções, mas além disso, MOSTRAR OS RESULTADOS ALCANÇADOS, É FUNDAMENTAL. Muitas perdas eleitorais se devem ao não saber imprimir uma marca da gestão no imaginário do povo. O PT é o partido que tirou milhões da pobreza....isso é uma marca impressa e que dificilmente é rebatida, ainda que seja muitíssimo argumentada.
Para se manter no poder depois de um retorno, quando intercalado, ainda é mais difícil, porque seu principal adversário é você mesmo. Seu mandato atual é constantemente comparado ao primeiro, e se não imprimir uma nova marca da gestão na população, certamente tudo que foi feiro ruirá, porque a população está aguardando a melhora ainda maior, por supostamente se ter arrumado a casa no primeiro mandato. Eis a grande dificuldade, vencer a si mesmo. Ai é que entra a necessidade muito grande de saber conversar com o povo, e saber sentir na VOZ DO POVO, sua necessidade e fazer desta necessidade uma moedinha de troco, superando para além do necessário em feitos, surpreendendo assim a todos. A arte da politica é comparada a arte da confecção da renda. Saber trançar as linhas necessárias com as linhas do embelezamento, sem deixar que os nós da costura se tornem vivíveis.
Ter a voz do povo como aclamação implica em saber falar com o povo e ir muito mais além daquilo que o povo espera, e nesta questão, poucos sabem realmente fazer. É fundamental que se tenha carisma, verdade e empatia com o público, mas isso só não basta! Neste ano que antecede ao ano eleitoral, é primordial entregar alguns dos resultados dos dois primeiros anos da gestão, mostrar a coisa acontecendo, fazer o povo sentir que algo foi feito, e que superou as expectativas, porque depois que o povo experimentou o bom vinho, não mais vai querer o suco de uva. Não cabe mais na coisa pública meros gerentes, é IMPERATIVO que se tenha bons Administradores Públicos atuando, transformando aquilo que é uma necessidade de todos, em beneficio de todos. Ai, nestes caso, mesmo com a tentativa de desconstrução da imagem de bom gestor feita pelos boatos diuturnos, não há motivos para temor pois o próprio povo se encarregará de desmentir, a VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS.
Comentários
Postar um comentário