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Administração: Relembre

A Administração Científica, fundada por Taylor e seus seguidores, constitui a primeira tentativa da Teoria da Administração. A preocupação em criar uma Ciência da Administração começou com a experiência concreta e imediata do trabalho de operários e com a ênfase nas tarefas. No primeiro período de sua obra, Taylor voltou-se para a racionalização do trabalho dos operários, estendendo-se no segundo período à definição de princípios de administração aplicáveis a todas as situações da empresa.

A organização racional do trabalho se fundamenta na análise do trabalho operário, no estudo dos tempos e movimentos, na fragmentação das tarefas e na especialização do trabalhador. Busca-se a eliminação do desperdício, da ociosidade e a redução dos custos de produção. A forma de obter a colaboração dos operários foi o apelo aos planos de incentivos salariais e de prêmios de produção, com base no tempo padrão (eficiência = 100%) e na convicção de que o salário constitui a fonte de motivação para o trabalhador (homem econômico). O desenho de cargos e tarefas enfatiza o trabalho simples e repetitivo das linhas de produção e montagem, a padronização e as condições de trabalho que assegurassem a eficiência. Verificou-se que não adiantava racionalizar o trabalho do operário se o supervisor e o chefe continuavam a trabalhar dentro do mesmo empirismo anterior. Para envolver os escalões mais elevados, os engenheiros se preocuparam com os princípios da administração para balizar o comportamento dos gerentes e chefes. Contudo, inúmeras críticas podem ser feitas à Administração Científica: o mecanicismo global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a abordagem analítica e concreta de Taylor.
Na medida em que a Administração Científica de Taylor tomava conta dos E.U.A., a Teoria Clássica se desenvolvia na Europa através de Henri Fayol. Fayol, assim como Taylor, percebeu a ineficiência então dominante e elaborou uma ciência administrativa, só que sob um enfoque diferente de Taylor. Fayol acreditava que a eficiência organizacional seria alcançada através da análise da estrutura da empresa, dos órgãos que a compõem. Nesse sentido, a Teoria Clássica tem ênfase na estrutura, correspondendo a uma abordagem clássica estruturalista.
Para Fayol, seis são as funções básicas de qualquer empresa:
1.      Funções técnicas – relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa.
2.      Funções comerciais - relacionadas com a compra, venda e permutação.
3.      Funções financeiras – relacionadas com a procura e gerência de capitais
4.      Funções de segurança – relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
5.      Funções contábeis – relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
6.      Funções administrativas – relacionadas com a integração das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam as demais funções da empresa, pairando acima delas.


 A função administrativa, segundo Fayol, se reparte por todos os níveis da hierarquia da empresa, não sendo privativa da alta cúpula. Há, contudo, uma proporcionalidade em relação às demais. À medida que se sobe na hierarquia, mais importante ela se torna.
A fim de aclarar a função administrativa, Fayol reparte em cinco subfunções, ou elementos do processo administrativo, a saber:
1.      Prever – visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
2.      Organizar – constitui o duplo organismo material e social da empresa.
3.      Comandar – dirigir e orientar o pessoal.
4.      Coordenar – ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.
5.      Controlar – verificar que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e as ordens dadas.
 Como toda ciência, a Administração também deve se basear em leis. Nesse sentido, Fayol elencou os “14 Princípios Gerais de Administração”, dos quais destacamos os seguintes:
1.      Divisão do trabalho – consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência.
2.      Autoridade e responsabilidade – autoridade é o direito de dar ordens e  o poder de esperar obediência. A responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade e significa ter o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.
3.      Centralização – refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização.
4.      Cadeia escalar – é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo.
Vale ressaltar que Fayol se interessou pela organização linear (a mesma utilizada pelo exército). Nesse modelo de organização ocorrerá a supervisão linear, baseada na unidade de comando, que é o oposto da supervisão funcional utilizada por Taylor. Na organização linear os órgãos de linha dedicam-se exclusivamente às suas atividades especializadas. Nesse sentido, tornam-se necessários outros órgãos prestadores de serviços especializados estranhos às atividades dos órgãos de linha. Chamamos esses órgãos de Staff ou Assessoria. Tais órgãos não estão no organograma da empresa, nem possuem autoridade de comando sobre os órgãos de linha. Sua finalidade é fornecer conselhos, recomendações, assessoria e consultoria, que os órgãos de linha não tem condições de prover por si próprios.

CRÍTICAS

As críticas são as mesmas feitas à Administração Científica, diferenciando-se, apenas, o enfoque do trabalho.

 
 O pioneiro da Teoria Clássica, Henri Fayol, é considerado, juntamente com Taylor, um dos fundadores da moderna Administração. Preocupou-se em definir as funções básicas da empresa, o conceito de administração (prever, organizar, comandar, coordenar e controlar), bem como os princípios gerais de Administração como procedimentos universais a serem aplicados a qualquer tipo de organização ou empresa. Para Fayol, existe uma proporcionalidade da função administrativa que se reparte proporcionalmente por todos os níveis da empresa.
A Teoria Clássica formulou uma Teoria da Organização, tendo por base a Administração como uma ciência. A ênfase na estrutura faz com que a organização seja entendida como uma disposição das partes (órgãos) que a constituem, sua forma e o inter-relacionamento entre essas partes. Essa teoria da organização restringe-se à organização formal. Para tratar racionalmente a organização, esta deve se caracterizar por uma divisão do trabalho e correspondente especialização das partes (órgãos) que a constituem. A divisão do trabalho pode dar-se verticalmente (níveis de autoridade) e horizontalmente (departamentalização). À medida que ocorre divisão do trabalho e especialização, deve ocorrer coordenação para garantir a harmonia do conjunto e, conseqüentemente, a eficiência da organização.  Além do mais, existem órgãos de linha (autoridade linear) e órgãos de staff  (autoridade de staff para prestação de serviços e consultoria).
Para conceituar Administração, os autores utilizam o conceito de elementos da Administração (ou funções do Administrador), que formam o chamado processo administrativo.
A abordagem normativa e prescritiva da Teoria Clássica é visualizada por meio dos princípios de Administração, uma espécie de receituário de como o administrador deve proceder em determinadas situações.
Entretanto, várias críticas podem ser atribuídas à teoria Clássica: a abordagem extremamente simplificada da organização formal, deixando de lado a organização informal; a ausência de trabalhos experimentais capazes de dar base científica às suas afirmações e princípios; o mecanismo de sua abordagem que lhe valeu o nome de teoria da máquina;  a abordagem incompleta da organização e a visualização da organização como se esta fosse um sistema fechado. Contudo, todas as críticas feitas à Teoria Clássica não chegam a empanar o fato de que a ela devemos as bases de moderna teoria administrativa.

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