“A Maquina Que Mudou o Mundo”, Autor: James P. Wonack, Daniel T. Jones e David Boos
Segundo Peter Druck a indústria automobilística é “A Indústria das Indústrias”, pois influenciou e ainda influencia nossas vidas tendo papel importante em duas grandes revoluções do mundo moderno. Representando reinvenções nas praticas produtivas e evoluções grandiosas na somatória das riquezas da população global.
Na primeira revolução industrial, a introdução da linha de produção gerou uma serie de implicações que resultara no boom de produtividade, na época, o modelo de produção fordista revolucionara a indústria. Revolucionou também o modo como pensamos e agimos a partir de então. Daquele momento em frente aos dias por vir, o mundo experimentaria um novo ritmo de vida, uma nova visão do mundo. Era a ruptura da fabricação artesanal de automóveis para a introdução de produção em massa orquestrada por Henry Ford e o Alfred Sloan da GM. Como conseqüência desta mudança, os Estados Unidos da America se tornaria a maior economia global, transferia-se ai o eixo econômico do mundo da Europa para o continente americano.
Após a segunda Guerra mundial, Eiji Toyoda e Taiichi Ohno, da Toyota japonesa, introduzem o conceito de produção enxuta, era a segunda revolução no sistema de produção global. Esta inovação resulta na proeminência econômica japonesa. Foi uma virada revolucionaria em produção, em níveis de qualidade. O novo sistema logo fora adotado por grande parte da indústria japonesa.
O avanço japonês não foi facilmente adotado pelo resto do mundo que sentiu grande dificuldade em adaptar-se a nova filosofia. Tudo aquilo era uma quebra violeta dos paradigmas produtivos. Requeria uma reeducação das pessoas enquanto visão de mundo, tanto internamente quanto Externamente.
A nova forma de produzir requeria uma nova estrutura não só nas companhias que o adotasse, mais também uma reestruturação de todo o parque produtivo envolvido naquela produção. Fornecedores e fornecedores de fornecedores deveriam se adaptar a nova filosofia, para que tudo funcionasse de forma orquestrada, sem descompasso, pois a partir daquele momento não mais se teria excedentes de produção, bem como não mais se veria estoques de matéria prima, tudo seria produzido de acordo a necessidade do mercado consumidor.
Alem da dificuldade em adotar o sistema Toyota de produção, havia também uma resistência cultural, algo impensado pelas grandes cabeças ocidentais, tudo aquilo era complexo demais e não condizia com a realidade vivenciada no mundo das grandes indústrias. Os motivos de tanta resistência: ferrenha competitividade com as indústrias estrangeiras, divergências comerciais, incredulidade quanto à eficácia do sistema de produção. Acreditava-se que toda aquela teia de produção que se traçava entre fornecedores e produtores encareceria os produtos finais e reduziria a competitividade da indústria ocidental.
Pode-se ainda salientar a concentração do conhecimento acerca do novo modelo produtivo predominantemente no Japão. O livro identifica "produção enxuta", como uma tecnologia que está a remodelar fabricação de automóveis. Enquanto a produção enxuta pode ter se originado no Japão sob o conceito de destino compartilhado, os autores enfatizam que não está mais confinado ao Japão.
Segundo os autores, o mundo vivencia a sua época uma crise de super capacidade estimada, que produz excedentemente, em se comparando as vendas correntes. Como resultado se vivencia periodicamente os efeitos do capitalismo e suas bolhas cíclicas. Na contramão observamos a carência da capacidade competitiva de produção enxuta. Uma saída para as crises capitalistas. Já na [época do lançamento do livro o autor adverte a possibilidade de a GM sofrer crise de superprodução em função da sua resistência ao modelo de produção enxuta. O que viria a ser confirmado agora na crise de 2008.
No início da década de 1950, a Toyota estava desenvolvendo e implantando seu sistema de gestão de produção que se tornaria difundido para as demais empresas japonesas e, depois, para outras partes do mundo, principalmente América do Norte e Europa. Esse sistema de gestão da produção veio a ser caracterizado, na década de 1990, como produção enxuta, termo traduzido da expressão inglesa lean manufacturing.
O conjunto de ferramentas sempre foi orientado para a produção em séries restritas de produtos diferenciados e variados, que se constitui na essência da produção enxuta, e reunia a produção Just in Time, o método Kan-Ban de gestão de pessoas pelos estoques e a prática de Kaizen. A compreensão dessas ferramentas básicas depende de uma visão sistêmica, que o tempo todo influencia o comportamento das pessoas envolvidas na sua utilização, do chão de fábrica aos executivos, o que possibilita interpretar a produção enxuta como um sistema integrado de princípios, práticas operacionais e ferramentas que tornam possível a desejada agregação de valor ao consumidor.
Assim caracterizada, a produção Just in time necessita que a flexibilidade seja um dos seus elementos constitutivos, como a técnica de produção celular, que permite organizar a produção em células que processam um produto específico completamente, ou partes inteiras de um processo mais amplo e complexo. Essa flexibilidade originada da organização celular também exige a realização de funções múltiplas pelos trabalhadores, resultando num melhor aproveitamento da mão-de-obra e de suas competências, melhor traduzindo o conceito de polivalência em que tais operários realizam tarefas que não exclusivamente de produção, como, por exemplo, manutenção, ajustamento, limpeza e controle de qualidade.
A adoção da postura crítica de melhoramento contínuo, traduzida pelo Kaizen, vai caracterizar uma estratégia predominante nas empresas japonesas de inovações incrementais, pois partindo de uma fase inicial, de copiar produtos de grande reputação no mercado e, a partir daí, melhorar a sua qualidade e aumentar a produtividade em sua fabricação, garantindo um elevado acervo de capacitação tecnológica, para numa fase posterior, apresentar ao mercado novos produtos e processos desenvolvidos com esse acervo.
Este novo sistema de produção promove a junção do modelo de linha de produção com o modelo artesanal: Pessoas altamente qualificados, produção de acordo com o desejo do cliente, produtos sob medida no ritmo e na lógica de sistema de linha de produção.
A Produção Artesanal se baseia em trabalhadores altamente qualificados e em ferramentas simples, mas flexíveis, para produzir (e às vezes para projetar) o que o cliente final deseja (Womack et al., 1992). Este método foi o primeiro a ser utilizado na Indústria Automotiva para produzir veículos. A Produção Artesanal do início do século passado possuía, de acordo com Womack et al. (1992), as seguintes características: A força de trabalho era altamente qualificada em projeto, operação de máquinas, ajuste e acabamento. Muitos trabalhadores progrediam através de um aprendizado, abrangendo todo um conjunto de habilidades artesanais, tornando-se empreendedores autônomos trabalhando em suas próprias oficinas para firmas de montagem. As organizações eram extremamente descentralizadas, ainda que concentradas numa só cidade. A maioria das peças e grande parte do projeto do automóvel provinham de pequenas oficinas. O sistema era coordenado por um proprietário/empresário, em contato direto com todos os envolvidos: clientes finais, empregados e fornecedores. Eram adotadas máquinas de uso geral para realizar a perfuração, corte e demais operações em metal ou madeira. O volume de produção era bem reduzido. Mesmo entre estas poucas unidades, não haviam dois veículos que fossem idênticos, pois as técnicas artesanais produziam, por sua própria natureza, variações.
Produção em Massa
As informações contidas nesta subseção foram baseadas em Womack et al. (1992). A Produção em Massa utiliza profissionais especializados para projetar produtos que serão manufaturados por trabalhadores semi ou não-qualificados, utilizando máquinas dispendiosas e especializadas em uma única tarefa. Estas máquinas fabricam produtos padronizados em altíssimos volumes. Como o maquinário é muito caro e pouco versátil, o produtor em massa adiciona várias folgas – suprimentos adicionais, trabalhadores extras e espaço extra – para assegurar a continuidade da produção. Por ser a mudança para um novo produto tão dispendiosa, o produtor em massa mantém os modelos padrão em produção o maior tempo possível. Como resultado, o cliente final obtém preços mais baixos, mas com pouca variedade de produtos/opções e com métodos de trabalho monótonos e pouco motivastes para o operário. A chave para a Produção em Massa não reside, conforme muitas pessoas. Pelo contrário, consiste na completa e consistente intercambialidade das peças facilidade de ajustá-las entre si. Para conseguir a intercambialidade, Henry Ford elaborou o sistema de medidas para todas as peças ao longo de todo o processo de fabricação. Essas foram as inovações na fabricação que tornaram a linha de montagem possível. e na
A Produção Enxuta, em contraposição aos dois métodos de produção apresentados anteriormente, combina as vantagens da Produção Artesanal e em Massa, evitando os altos custos dessa primeira e a rigidez desta última. Com essa finalidade, a Produção Enxuta emprega uma equipe de trabalhadores qualificados e multifuncionais em todos os níveis da organização, além de processos flexíveis, para produzir grandes volumes de produtos com certa variedade.
Em relação à rede de fornecedores, a questão era como montadores e fornecedores poderiam colaborar entre si, para reduzir custos e melhorar a qualidade, qualquer que fosse o relacionamento legal e formal entre eles. Não era intenção da Toyota integrar verticalmente seus fornecedores numa grande e única burocracia. Tampouco desejava desintegrá-los em companhias totalmente independentes, com uma relação apenas de mercado. Pelo contrário, a Toyota transformou suas operações de suprimento domésticas em companhias fornecedoras de primeira camada quase-independentes, mantendo parte de seu controle acionário, e desenvolvendo relações similares com outros fornecedores que eram completamente independentes. Conforme avançava o processo, os fornecedores de primeira camada da Toyota adquiriam o resto do controle acionário uns dos outros.
No livro o autor demonstra as revoluções no sistema produtivo mundial, a partir da lógica da produção automobilística, as introduções tecnológicas trazidas por seus idealizadores e seus efeitos.
Hoje se pede a reinvenção da produção, uma evolução ainda maior do conceito japonês, uma produção mais próxima daquela que é apresentada pelo autor.
Maior proximidade com o cliente, menor desperdício de recursos e maior pensamento no consumo consciente dos produtos e dos recursos naturais.
Uma reinvenção da cabeça e da mentalidade humana para a lógica do lucro pro - natureza, pro homem pro sociedade. Sem esta reinvenção corre-se o risco de caminharmos para a destruição das condições mínimas de sobrevivência em nosso planeta, criarmos o caus. e deturpação de uma vida incólume.
Bibliografia: Womack, James P. A maquina que mudou o mundo/ James P. Womack, Daniel T. Jones, Daniel Ross: Tradução de Ivo Korytowski- Rio de Janeiro: Campos 1992
Segundo Peter Druck a indústria automobilística é “A Indústria das Indústrias”, pois influenciou e ainda influencia nossas vidas tendo papel importante em duas grandes revoluções do mundo moderno. Representando reinvenções nas praticas produtivas e evoluções grandiosas na somatória das riquezas da população global.
Na primeira revolução industrial, a introdução da linha de produção gerou uma serie de implicações que resultara no boom de produtividade, na época, o modelo de produção fordista revolucionara a indústria. Revolucionou também o modo como pensamos e agimos a partir de então. Daquele momento em frente aos dias por vir, o mundo experimentaria um novo ritmo de vida, uma nova visão do mundo. Era a ruptura da fabricação artesanal de automóveis para a introdução de produção em massa orquestrada por Henry Ford e o Alfred Sloan da GM. Como conseqüência desta mudança, os Estados Unidos da America se tornaria a maior economia global, transferia-se ai o eixo econômico do mundo da Europa para o continente americano.
Após a segunda Guerra mundial, Eiji Toyoda e Taiichi Ohno, da Toyota japonesa, introduzem o conceito de produção enxuta, era a segunda revolução no sistema de produção global. Esta inovação resulta na proeminência econômica japonesa. Foi uma virada revolucionaria em produção, em níveis de qualidade. O novo sistema logo fora adotado por grande parte da indústria japonesa.
O avanço japonês não foi facilmente adotado pelo resto do mundo que sentiu grande dificuldade em adaptar-se a nova filosofia. Tudo aquilo era uma quebra violeta dos paradigmas produtivos. Requeria uma reeducação das pessoas enquanto visão de mundo, tanto internamente quanto Externamente.
A nova forma de produzir requeria uma nova estrutura não só nas companhias que o adotasse, mais também uma reestruturação de todo o parque produtivo envolvido naquela produção. Fornecedores e fornecedores de fornecedores deveriam se adaptar a nova filosofia, para que tudo funcionasse de forma orquestrada, sem descompasso, pois a partir daquele momento não mais se teria excedentes de produção, bem como não mais se veria estoques de matéria prima, tudo seria produzido de acordo a necessidade do mercado consumidor.
Alem da dificuldade em adotar o sistema Toyota de produção, havia também uma resistência cultural, algo impensado pelas grandes cabeças ocidentais, tudo aquilo era complexo demais e não condizia com a realidade vivenciada no mundo das grandes indústrias. Os motivos de tanta resistência: ferrenha competitividade com as indústrias estrangeiras, divergências comerciais, incredulidade quanto à eficácia do sistema de produção. Acreditava-se que toda aquela teia de produção que se traçava entre fornecedores e produtores encareceria os produtos finais e reduziria a competitividade da indústria ocidental.
Pode-se ainda salientar a concentração do conhecimento acerca do novo modelo produtivo predominantemente no Japão. O livro identifica "produção enxuta", como uma tecnologia que está a remodelar fabricação de automóveis. Enquanto a produção enxuta pode ter se originado no Japão sob o conceito de destino compartilhado, os autores enfatizam que não está mais confinado ao Japão.
Segundo os autores, o mundo vivencia a sua época uma crise de super capacidade estimada, que produz excedentemente, em se comparando as vendas correntes. Como resultado se vivencia periodicamente os efeitos do capitalismo e suas bolhas cíclicas. Na contramão observamos a carência da capacidade competitiva de produção enxuta. Uma saída para as crises capitalistas. Já na [época do lançamento do livro o autor adverte a possibilidade de a GM sofrer crise de superprodução em função da sua resistência ao modelo de produção enxuta. O que viria a ser confirmado agora na crise de 2008.
No início da década de 1950, a Toyota estava desenvolvendo e implantando seu sistema de gestão de produção que se tornaria difundido para as demais empresas japonesas e, depois, para outras partes do mundo, principalmente América do Norte e Europa. Esse sistema de gestão da produção veio a ser caracterizado, na década de 1990, como produção enxuta, termo traduzido da expressão inglesa lean manufacturing.
O conjunto de ferramentas sempre foi orientado para a produção em séries restritas de produtos diferenciados e variados, que se constitui na essência da produção enxuta, e reunia a produção Just in Time, o método Kan-Ban de gestão de pessoas pelos estoques e a prática de Kaizen. A compreensão dessas ferramentas básicas depende de uma visão sistêmica, que o tempo todo influencia o comportamento das pessoas envolvidas na sua utilização, do chão de fábrica aos executivos, o que possibilita interpretar a produção enxuta como um sistema integrado de princípios, práticas operacionais e ferramentas que tornam possível a desejada agregação de valor ao consumidor.
Assim caracterizada, a produção Just in time necessita que a flexibilidade seja um dos seus elementos constitutivos, como a técnica de produção celular, que permite organizar a produção em células que processam um produto específico completamente, ou partes inteiras de um processo mais amplo e complexo. Essa flexibilidade originada da organização celular também exige a realização de funções múltiplas pelos trabalhadores, resultando num melhor aproveitamento da mão-de-obra e de suas competências, melhor traduzindo o conceito de polivalência em que tais operários realizam tarefas que não exclusivamente de produção, como, por exemplo, manutenção, ajustamento, limpeza e controle de qualidade.
A adoção da postura crítica de melhoramento contínuo, traduzida pelo Kaizen, vai caracterizar uma estratégia predominante nas empresas japonesas de inovações incrementais, pois partindo de uma fase inicial, de copiar produtos de grande reputação no mercado e, a partir daí, melhorar a sua qualidade e aumentar a produtividade em sua fabricação, garantindo um elevado acervo de capacitação tecnológica, para numa fase posterior, apresentar ao mercado novos produtos e processos desenvolvidos com esse acervo.
Este novo sistema de produção promove a junção do modelo de linha de produção com o modelo artesanal: Pessoas altamente qualificados, produção de acordo com o desejo do cliente, produtos sob medida no ritmo e na lógica de sistema de linha de produção.
A Produção Artesanal se baseia em trabalhadores altamente qualificados e em ferramentas simples, mas flexíveis, para produzir (e às vezes para projetar) o que o cliente final deseja (Womack et al., 1992). Este método foi o primeiro a ser utilizado na Indústria Automotiva para produzir veículos. A Produção Artesanal do início do século passado possuía, de acordo com Womack et al. (1992), as seguintes características: A força de trabalho era altamente qualificada em projeto, operação de máquinas, ajuste e acabamento. Muitos trabalhadores progrediam através de um aprendizado, abrangendo todo um conjunto de habilidades artesanais, tornando-se empreendedores autônomos trabalhando em suas próprias oficinas para firmas de montagem. As organizações eram extremamente descentralizadas, ainda que concentradas numa só cidade. A maioria das peças e grande parte do projeto do automóvel provinham de pequenas oficinas. O sistema era coordenado por um proprietário/empresário, em contato direto com todos os envolvidos: clientes finais, empregados e fornecedores. Eram adotadas máquinas de uso geral para realizar a perfuração, corte e demais operações em metal ou madeira. O volume de produção era bem reduzido. Mesmo entre estas poucas unidades, não haviam dois veículos que fossem idênticos, pois as técnicas artesanais produziam, por sua própria natureza, variações.
Produção em Massa
As informações contidas nesta subseção foram baseadas em Womack et al. (1992). A Produção em Massa utiliza profissionais especializados para projetar produtos que serão manufaturados por trabalhadores semi ou não-qualificados, utilizando máquinas dispendiosas e especializadas em uma única tarefa. Estas máquinas fabricam produtos padronizados em altíssimos volumes. Como o maquinário é muito caro e pouco versátil, o produtor em massa adiciona várias folgas – suprimentos adicionais, trabalhadores extras e espaço extra – para assegurar a continuidade da produção. Por ser a mudança para um novo produto tão dispendiosa, o produtor em massa mantém os modelos padrão em produção o maior tempo possível. Como resultado, o cliente final obtém preços mais baixos, mas com pouca variedade de produtos/opções e com métodos de trabalho monótonos e pouco motivastes para o operário. A chave para a Produção em Massa não reside, conforme muitas pessoas. Pelo contrário, consiste na completa e consistente intercambialidade das peças facilidade de ajustá-las entre si. Para conseguir a intercambialidade, Henry Ford elaborou o sistema de medidas para todas as peças ao longo de todo o processo de fabricação. Essas foram as inovações na fabricação que tornaram a linha de montagem possível. e na
A Produção Enxuta, em contraposição aos dois métodos de produção apresentados anteriormente, combina as vantagens da Produção Artesanal e em Massa, evitando os altos custos dessa primeira e a rigidez desta última. Com essa finalidade, a Produção Enxuta emprega uma equipe de trabalhadores qualificados e multifuncionais em todos os níveis da organização, além de processos flexíveis, para produzir grandes volumes de produtos com certa variedade.
Em relação à rede de fornecedores, a questão era como montadores e fornecedores poderiam colaborar entre si, para reduzir custos e melhorar a qualidade, qualquer que fosse o relacionamento legal e formal entre eles. Não era intenção da Toyota integrar verticalmente seus fornecedores numa grande e única burocracia. Tampouco desejava desintegrá-los em companhias totalmente independentes, com uma relação apenas de mercado. Pelo contrário, a Toyota transformou suas operações de suprimento domésticas em companhias fornecedoras de primeira camada quase-independentes, mantendo parte de seu controle acionário, e desenvolvendo relações similares com outros fornecedores que eram completamente independentes. Conforme avançava o processo, os fornecedores de primeira camada da Toyota adquiriam o resto do controle acionário uns dos outros.
No livro o autor demonstra as revoluções no sistema produtivo mundial, a partir da lógica da produção automobilística, as introduções tecnológicas trazidas por seus idealizadores e seus efeitos.
Hoje se pede a reinvenção da produção, uma evolução ainda maior do conceito japonês, uma produção mais próxima daquela que é apresentada pelo autor.
Maior proximidade com o cliente, menor desperdício de recursos e maior pensamento no consumo consciente dos produtos e dos recursos naturais.
Uma reinvenção da cabeça e da mentalidade humana para a lógica do lucro pro - natureza, pro homem pro sociedade. Sem esta reinvenção corre-se o risco de caminharmos para a destruição das condições mínimas de sobrevivência em nosso planeta, criarmos o caus. e deturpação de uma vida incólume.
Bibliografia: Womack, James P. A maquina que mudou o mundo/ James P. Womack, Daniel T. Jones, Daniel Ross: Tradução de Ivo Korytowski- Rio de Janeiro: Campos 1992
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